Você conhece o real poder de uma paleta de cores?

É inegável que as cores estão por toda parte.

As cores nos auxiliam quando usadas na cromoterapia, nos encantam quando usadas de forma criativa e nos comunicam informações importantes, muitas vezes sem palavras.

Cada cor atua de forma diferente, dependendo da ocasião, contexto cultural e acorde cromático em que estão inseridas.

Em meus 5 anos de experiência trabalhando com jogos (digitais e analógicos) aprendi uma lição bastante inusitada sobre a melhor forma de criar cartas de maneira eficiente: As cartas dos jogos precisam comunicar o maior número de informação com o menor texto possível. O ideal é conseguir criar uma carta somente com símbolos, cores e alguns números.

Parece difícil, não é mesmo? Mas com muito estudo e prática isso acaba se tornando cada vez mais natural em todo tipo de trabalho que faço, inclusive (e principalmente) durante a criação de identidade visual para uma marca.

Visibilidade e reconhecimento de marca

As cores da marca são selecionadas e colocadas em uma paleta, contendo de 2 a 10 cores, que são usadas para representar a empresa. O uso consistente e estratégico das cores da marca pode aumentar de forma impactante sua visibilidade e reconhecimento.

Muitas vezes sem logo visível, sem detalhes e sem texto, uma marca ainda pode ser identificada apenas pela proporção em que cada cor aparece em um material de marketing, seja ele impresso ou digital.

Alguns exemplos fáceis de serem analisados em funcionamento são os "blocos de cultura pop" disponíveis em Jybe Characters.

Você consegue identificar o desenho animado somente pelas proporções das cores? Na imagem são mostrados desde os desenhos mais clássicos até os mais novos, pra nenhuma faixa etária ficar de fora ;)

Fonte: https://jybe.ch/characters/#cartoons-easy

Respostas: A) Os Simpsons | B) Os Flintstones | C) Scooby-Doo | D) Ursinho Pooh | E) O Laboratório de Dexter | F) As Tartarugas Ninja | G) Bob Esponja.

Quantos você conseguiu identificar?

Aprendendo mais sobre as cores

É comum que a maioria das pessoas conheçam mais sentimentos do que cores. A não ser que você seja um artista, designer ou alguém que trabalhe especificamente com cores, terá dificuldades em nomear mais de 20 cores... Não será impossível, mas será difícil. Tenta aí!

Durante o processo de criação de identidade visual, cada Paleta de Cores será desenvolvida através da harmonização de cores, considerando-se suas vibrações e significados, dentro do estudo da Psicologia das Cores, levando-se em consideração fatores como histórico de uso das cores ao longo do tempo, pesquisas de mercado e bagagem sócio cultural em que a identidade visual será inserida.

As preferências pessoais de tons propostos durante a resposta do Briefing também serão consideradas.

Um Briefing bem respondido diminui o prazo de entrega de seu projeto, que pode até acabar sendo entregue antes do esperado, pois evita o retrabalho de fazer múltiplas alterações ao longo do projeto.

Depois que a paleta de cores for criada, e o projeto for finalizado, no momento da entrega dos arquivos finais é comum o envio de uma imagem da paleta de cores para consulta rápida. Esta imagem costuma conter as cores indicadas em:

- Hexadecimal: Para WEB, digital, etc.

- CMYK: Para IMPRESSÃO, gráficas etc.

Apenas um exemplo de como são os códigos de cores.

O arquivo de cor chamado Color Swatches também é entregue no formato .ase que pode ser usado em softwares gráficos profissionais.

Exemplos de mais algumas paletas de cores:

A correspondência PANTONE costuma somente ser fornecida mediante pedido durante o Briefing. Tratam-se de cores especiais, que dificilmente conseguem ser reproduzidas por impressoras comuns.

Ao usar estas cores em um projeto pode-se aumentar em muito o custo final de produção do material impresso, que precisará ser feito em gráfica especializada. Use apenas se realmente precisar (empresas internacionais com várias filiais espalhadas pelo mundo).

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Referências:

1. Heller, Eva: Psychologie de la couleur – effets et symboliques, pp. 179-184

2. P. Ekman, “Facial Expressions of Emotion: an Old Controversy and New Findings”, Philosophical Transactions of the Royal Society, London, B335:63-69, 1992